terça-feira, 31 de julho de 2018

Esquete A Bailarina

No esquete que foi adaptado a partir da obra A bailarina traz em seu início a música “O xote das meninas” remetendo a menina que já deseja ser mulher e nesse entremeio a personagem principal é pedida em casamento, mas a mãe torna-se um empecilho por conta das características pessoais do noivo.

A narrativa teve como uma de suas temáticas principais a valorização do status, isto é, aquele que vem da capital, seja ele quem for, é melhor que aquele que tem seu caráter conhecido desde sempre, mas que é sertanejo, que a vista de muitos, não tem o que oferecer.


Toda mãe pretende o melhor para os filhos. Dessa forma, a mesma não quer um qualquer para genro, então passa a exaltar as qualidades de sua filha e com isso, consegue separar o casal apaixonado.

Entretanto, toda moeda tem dois lados. Tempos depois, o sertanejo, que fora sempre olhado de cima para baixo, retorna com uma posição definida e traz consigo a reviravolta da encenação. Aquele que parecia não ter futuro volta em busca daquele que, por ter vindo da capital, parecia ser um bom homem, mas na verdade era um desertor.  A vista disso, a mãe ambiciosa não teve outra coisa a fazer, a não ser reconhecer e consentir o casamento.


O uso do narrador é sempre uma ótima alternativa para alinhavar os entremeios da narrativa. Inicia-se a cerimonia.

Moral da história: nem tudo que parece é. Não se deve julgar o caráter pela aparência. Costume visto muito nos interiores onde os pais queriam casar as filhas com homens de nome, mesmos sem saber sua procedência. Enquanto descartavam o homem trabalhador, por julgar não ter estudo.
Ocorria com frequência no interior de décadas passadas, mas não significa que deixou de ser prática recorrente.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Espetáculo Nossos Mortos

Nossos mortos, montagem do Grupo Teatro Máquina, é um espetáculo que traz como temática principal aqueles que desencarnaram, mas não propriamente essa passagem, e sim, o encerramento do luto que é enterrar esses corpos. A problemática está especificamente nessa questão: nem todos conseguem enterrar seus mortos.

“Nesse exato momento ainda estamos vivos, enquanto outros estão mortos. Cumpriram seus rituais terrenos. Contudo, muitos não tiveram os rituais fúnebres. Onde estão os corpos? Ainda teremos forças de resistir? Quem são os nossos mortos?” Frases reflexivas emitidas durante a peça.

Entre outros subtemas, temos: o cântico fúnebre, a referência feita a um lugarejo denominado Caldeirão de Santa Cruz do deserto em meados do Cedro no Cariri, onde as pessoas cantam e rezam enquanto trabalham. Informações colhidas nesse lugar dar conta de choros de crianças ouvidos a noite. Entretanto, não há crianças por perto. O choro trata-se de pequeninos que morreram em 1937.

Composta por duas atrizes e um grupo de sonoplastas, Nossos Mortos trouxe figuras gregas como Antígona, que não conseguiu enterrar seu irmão. E como tradição cantou aos seus mortos. Édipo, que tirara a própria visão ao descobrir a tragédia que lhe emoldurou. Figuraram também a representação da ave de mau agouro.


Por fim, visando o cenário, podemos descrever como magnífico. Além dos instrumentos musicais, podemos observar uma madeira, por assim dizer, mas que por várias vezes foi ressignificada e, entre outras transformações, metamorfoseou-se em Lua, símbolo maior da noite e de beleza. Todavia, é um espetáculo cansativo, pois ela tem duração média de uma hora, no qual a primeira já nos bastaria para entendê-la perfeitamente. Contudo, isso não quer dizer que não vale a pena assistir. Outro ponto que me chamou atenção foi o não aprofundamento dos temas. Sabemos que o tema central era a morte, mas por dois momentos foi trazida a fala do caldeirão e de Antígona, porém não se aprofundou o assunto. E quem não conhece os dois. Eu só conhecia Antígona.

Não obstante, é um espetáculo que deve sim ser visto e a partir dele pensar na importância do além vida para quem e para quem fica.

Culinária Fitness: Almôndegas Funcional


Ingredientes
500g patinho moído
1 ovo
1 cenoura ralada
1/2x. Farelo aveia
Brócolis picado a gosto
Sal e temperos a gosto

Preparo
Bata bem o ovo e adicione o restante dos ingredientes bem, forme as almôndegas como desejar.
Asse no forno ou na Air Fryer.

PUDIM DE LEITE COM GELATINA


Receita
1 lata de leite condensado
1 cx.de creme de leite
1 medida da lata de leite condensado de leite em pó ninho
2 medidas da lata de leite condensado de leite integral
2 sachês de gelatina sem sabor hidratado

Calda
1xícara e meia de açúcar refinado
2 xícaras de água

Preparo
Prepare a calda não deixando ficar muito dura.
Caramelize a forma e reserve.
Bata os ingredientes do pudim no liquidificador por 1 minuto.
Despeje na forma e cubra com filme plástico e leve a geladeira para encorpar.
O leite em pó ninho dá uma textura de pudim ao cortar e saborear.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

ESPETÁCULO A VISITA DA VELHA SENHORA


A Velha senhora é um espetáculo que te leva a refletir dos assuntos mais triviais aos mais complexos. Já na entrada, fomos recebidos pelos atores principais: Denise Fraga e Tuca Andrada e grande elenco.

A quebra da quarta parede se torna nítida quando a plateia entra em cena e é chamada a participar da peça através da canção inicial e da votação que permeia o ápice da peça.

O enredo gira entorno de uma senhora que está prestes a retornar a sua terra natal depois de muito tempo, a qual é vista como a salvadora da pátria. Contudo, o desenrolar dos fatos são bem adversos do esperado. Esse momento, lembrou-me muito Tieta, obra de Jorge Amado. Não só pela expectativa de retorno da filha mais ilustre, mas também para saber o que lhe acontecera nesse período no qual esteve longe.


Metáforas, que traduzido do latim podemos dizer que é algo sem sentido, que, no entanto, vêm carregadas de muitas questões emblemáticas, algumas delas:

O trem vem como uma dessas metáforas, isto é, ele é aquele que leva, aquele que trás e que não pode parar, mas se para, muitos ficam a desejar.
E os bêbados são conhecidos por serem guiados por Deus até suas casas, mas sem muita credibilidade, então quando fala a verdade ninguém acredita.
A miséria vem como subtema que vai rodilhar a vida daqueles que já foram ricos, entretanto, não são mais. Todavia, não cessam limites para voltarem a ser.
A caça a pantera como meio de enriquecer e saldar as dívidas da cidade, quando que o mais importante deveria ser a vida.

Outro ponto fundamental abordado foi às inúmeras proposições feitas, tais como:

Nesse país nunca se puxa o freio de emergência? O dinheiro compra tudo?
E quem disse que não se pode comprar justiça? Como podemos responder a esses questionamentos? A que isso nos remete?

Contudo, a hora marcante foi na assembleia em que levantar a mão foi apenas um impulso, daqueles que não importa de onde o tiro veio, só precisamos achar um culpado.

No demais, amei o cenário, mas confesso que ver os atores caminhando no alto daquelas gaiolas, deu-me muito medo. Não sei se conseguiria. Não podemos esquecer de mencionar o figurino, em especial da Denise, cada um mais lindo que o outro. E como ela faz pra trocar tão rapidamente? 

Foram duas horas que pareceram meia, e uma história escrita a muito tempo, mas que se pegarmos a conjuntura atual do nosso país, ela cabe perfeitamente. Então, vigar-se a qualquer preço vale mesmo a pena?