vinda
para Fortaleza ainda adolescente, foi trabalhar em casa de família, lavar,
passar e cozinha. E para além dos serviços domésticos aprendeu a costurar e
trabalhou nesse ofício por décadas. Dessa forma, dividia-se entre a casa das
patroas e a costura.
No ano de 1991 passou a residir em Pacatuba, onde as costuras não foram mais possíveis, então, D. Maria não se intimidou e deu continuidade a tudo que aprendera até ali.
A
pedido de uma vizinha, começou a fazer lanches, todos os dias, para que a mesma
levasse para vender no centro de Fortaleza, ela fazia tapioca, cuscuz, bolo de
milho, bolo mole, bolo de chocolate, pamonha e canjica. E na continuidade foram
aparecendo mais clientes e D. Maria foi aumentando suas vendas e variando os
quitutes. Na sequência abriu um pequeno comércio na área de casa e, também,
passou a vender por encomendas.
Atualmente, ela segue cozinhando seu culinária tradicional e aqueles que provam e aprovam, voltam. Mas não é só isso, para tornar reconhecida sua história de vida e seus fazeres e saberes, suas filhas estão produzindo materiais fotográficos e audiovisuais para mostrar todo o talento dessa mulher cearense que nunca desistiu de buscar seu lugar ao Sol e de apresentar ao mundo essa arte que é tão rica, linda e deliciosa: a gastronomia cearense.