quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Esquete Luz vermelha

A adaptação do espetáculo em questão foi apresentada no palco Morro do Ouro do Teatro José de Alencar através da Cia Teatral Acontece.

Uma bicha preta chamada Antônio, vindo de João Pessoa para Fortaleza sem eira nem beira, buscando a própria sorte e narrando os percalços pelos quais passou depois que chegou a Terra da Luz.

Com a chegada das amigas que ajudou a se estabelecer, pensou que enfim poderia ter om quem contar, mas por fim, foi traído e para não deixar suas memórias se perderem com o tempo, deu início às explanações acerca de suas memórias.

Desde que chegara à cidade, fez amizades que nem sempre foram recíprocas. Fez shows, trabalhou em boates e em tudo que lhe garantisse o sustento.

Contudo, não foram apenas coisas boas que lhe aconteceram, ao contrário, mais coisas ruins. Sofreu agressões em praças por parte de policiais, vendeu o corpo, mas era feliz, simplesmente, porque era artista, apesar de não ser fácil. Disse que a pior parte era quando as luzes vermelhas se acendiam, sinal de o que o show acabou, não para sempre...

O monólogo ainda permeou falando de transexuais morta pela sociedade vítima de preconceito, como o caso Dandara que foi assassinada no lugar onde morava. Deixou claro que artista não é doente, que a arte tem que mostrar ao mundo o que pessoas passam nos seus cotidianos. Que somos diferentes, que não somos obrigados a gostar do que todo mundo gosta, a fazer o que a maioria quer. Cada um é único nas suas acepções e escolhas.
Por fim, foi traído pelas amigas, por quem tanto fez e foi deixado de lado por todos, a quem sempre ajudou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário